Até o vento parece sussurrar em meu ouvido: Esqueça! esqueça!
Tanta coisa que desisti de tentar entender, tantos gestos sem explicações, tantos olhares vazios. Eu, apenas mais um pronome sem você.
Dessa vez partirei e levarei comigo toda amargura e rancor na bolsa. No coração todo sentimento puro que dediquei a ti.
Se pensar em voltar eu terei provas de que não vale mais a pena.
Estou indo, por favor siga-me...
quarta-feira, 23 de junho de 2010
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Por entre os dedos...
Tenho alimentado essa paixão como quem cuida de um
bem precioso e que teme perdê-lo por falta de cuidado.
Você escorreu por entre meus dedos mesmo com
todos meus esforços para te segurar.
Ainda assim te amo involuntariamente,
te quero a contragosto,
desejo você como um animal no
cio desprovido de raciocínio.
Pergunto-me o que fez para despertar tal sentimento em mim?
Mas esse é o tipo de pergunta que por mais que se investigue
jamais será encontrada a resposta exata.
Não permito-me esquivar de sua doce ausência que tanto me
faz companhia.
Sigo surportanto as dores proporcionadas por esse sentimento
e fingindo estar curada de feridas que continuam
visivelmente abertas.
E se por acaso eu me for, será como se eu nunca
tivesse sequer um dia existido...
Sabe por que meu bem?
Meu coração hoje me diz que só existo com você e para você!
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Minha fuga...
Em cada boca beijada,
no afago despudorado
e no ato impensado
uma forma de sentir que sou desejada.
Nos olhares lascivos,
nos abraços desinibidos
fica subentendido que não sou sua
e minha mentira continua.
Pra você pouco importa meus métodos,
pentenci ao ontem [pretérito mais-que-perfeito]
não faço mais parte de sua realidade.
Como uma menina imatura custo a entender
que no jogo da vida nem sempre o importante é ganhar ou perder,
o que importa mesmo é apenas viver...
O risco do maldizer...
Apenas vestígios...
Levantou-se com uma ideia fixa:
Tirá-lo definitivamente de sua vida.
Abriu as gavetas e retirou de lá todo e
qualquer vestígio de sua passagem.
Ligou o computador e deletou todas as
fotos sem medo algum de arrependimentos.
Jogou os presentes fora, excluiu seu nome da agenda do celular e
mudou a fragrância habitual.
Pronto! Estava terminado. Nada mais naquela casa
faria com que ela visualizasse, sentisse ou pensasse naquele que um dia amou.
Só havia esquecido de uma coisa: De apagá-lo do seu coração.
E isso nem transplante resolveria...
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