quinta-feira, 19 de maio de 2011

Meus vinte e tantos anos bem/mal vividos!


Quando eu tinha quinze anos era uma sonhadora, apaixonada, leitora assídua de Júlias, Sabrinas e Biancas (alguém ainda lembra?), muitas de minhas decepções eu culpei a esses livros, declarei culpados pela eterna alma de menina apaixonada. Achava chato o futebol nas quartas-feiras, detestava o Flamengo e queria jogar uma bomba nos EUA. Questionava a igreja, a bíblia e o pastor da igreja que minha avó congregava. 
Não era rebelde, mas queria ser!
Aos quinze anos, julgava que meu primeiro amor seria eterno, que o Brasil seria uma potência mundial e que um dia os políticos iriam finalmente investir na educação. Tolos sonhos de menina!
Um dia eu cresci e estava exatamente onde um dia queria estar, mas percebi que onde eu queria estar não era bem onde eu deveria estar e isso me causou um série de transtornos. Era o meu desejo contra a minha obrigação e eu ainda pensava que ninguém podia ser obrigado a nada. Tola, sempre fui!
Hoje não estou onde queria estar, mas também não estou onde não gostaria de estar. Confuso, né? Eu sei! 
E a vida foi/vem me ensinando a viver. 
Aos vinte e seis anos eu sempre acho que minha atual paixão será a última e eterna, que o Flamengo é o melhor time do mundo, que o pastor da igreja que minha vó congrega continua sendo não muito confiável, que o futebol nas quartas-feiras é legal, principalmente acompanhada de alguém especial. Aos vinte seis anos eu me dei o direito de me permitir; de experimentar; de ser feliz dia sim, dia não. E daí? 
Hoje já não me apaixono por homens que me leem resumidamente, hoje, só me interessam os que desejam a obra por completo e que após ler página por página ainda querem reler, afinal, ainda encontro-me em construção...
E o que eu espero da vida? Eu conto daqui a mais vinte e tantos anos!



Constatação!

Deve ser o silêncio da noite que nos permite ouvir melhor nossos sentimentos, e, as vezes, ele grita.