quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Meu Talento...



Algumas pessoas têm dons especiais. Algo que é totalmente inato. Já outras pessoas, apesar de não nascerem com determinados dons, vão aprimorando-se em determinadas áreas com o passar dos anos.
Muitos são bons nas áreas ligadas as artes, outros têm habilidades descomunais com coisas manuais.
Uns escrevem coisas lindas ou nascem com um dom para cuidar de pessoas.
Comigo não é bem assim. Não sei cozinhar, não sei desenhar, não sei nem amar, e cada dia eu tenho a comprovação de ter nascido sem dom algum.
Mas eu tenho um talento especial. Algo que é meu, só meu.
Não, eu não tenho orgulho desse talento que vem se tornando uma característica minha.
Praticamente uma descrição: Fabrízia, a menina com talento para enganos...
Sim, esse é meu talento! Não sei como, quando, onde ele surgiu. Só sei que o possuo.
Um dia me dei conta que eu era boa nisso. Boa não, eu sou ótima em enganos!
Confundo colegas com amigos de infância; chapeuzinho com lobo mau; gordas com grávidas, cantadas com juras de amor; sapos com príncipes e segue uma lista de enganos catastróficos.
Amigos, família, namorados, peguetes... Tudo! Tudo me prova diariamente o quanto que meu talento é surpreendente e talvez infinito.
Sou esquisita e ímpar. Não por me achar única/ exclusiva, mas por acreditar na não existência de um par pra mim...
Ou seria apenas mais um engano?

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Toneladas de ilusão!


Percebo que não possuo espaço para guardar mais nada. Todas as gavetas estão completamente abarrotadas.
Já não existe lugar para coleções de lembranças vazias ou recordações inúteis. Mas como esquecê-las, se estão todas ao alcance de minhas mãos?
Como organizar toda bagunça se para qualquer lado que eu olhe os vestígios me perseguem?
Preciso aceitar que necessito de ajuda, que sozinha não conseguirei.
Preciso de abraços apertados, beijos longos e palavras doces. Quero dormir sem o receio de acordar sozinha. Preciso voltar a acreditar que posso confiar em alguém.
Tranquei-me num quarto escuro, dentro de mim, me refugiei de toda e qualquer ilusão, ergui uma muralha de proteção com toda a dor sofrida.
O medo passou a ser meu fiel escudeiro.
Medo de perder. Medo de me perder e nunca mais conseguir encontrar o caminho de volta.
Resta-me, agora, desfazer de todo lixo armazenado, abrir espaço para o novo e começar a colocar o coração em ordem...

Constatação!

Deve ser o silêncio da noite que nos permite ouvir melhor nossos sentimentos, e, as vezes, ele grita.