sábado, 25 de setembro de 2010

Insônia!


Então, 1:58 da madrugada ela passeia desconcentrada e ausente de si pelos sites da vida.
Amarga o gosto de uma paixão vivida apenas do lado de cá da tela. Tem tudo que as
pessoas costumam julgar essencias à felicidade. Mesmo assim sente falta de algo mais. 
Não sente pena de si, mas implora baixinho aos céus que ouça o que seus pensamentos dizem.
Não é carro. Não é uma roupa nova. Nem muito menos uma viagem ao exterior.
Cabo Frio ou Barra Grande sempre lhe fizeram bem.
Ela só quer que escutem o seu coração cansado de apanhar e que lhe deem remédios
para feridas que continuam abertas e sangrando.
Sente-se cansada.
Nesse momento escuta o barulho da chuva que cai lá fora.
Vai deitar, esperando que a mesma embale seu sono...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dissimulando...


Noite gelada
sono que não chega
suor frio
pressão baixa
hora que não passa
dor que desatina
piadas sem graça
a roupa que não serve
o ano que não termina
a baleia do Twitter
horário eleitoral que não finda
o café frio
a sopa gelada
cachorros que ladram sem parar
e o estresse a me aborrecer.
E o que mais me emputece nessa história é que
esse incômodo todo é pelo simples fato de não ter você.

Distraída...


E você acostuma-se com o fato de que as pessoas são felizes mesmo sem você.
De início um susto tremendo, depois você calcula que também é perfeitamente
capaz de viver sem aquilo que julgava insubstituível.
E os dias passam, o movimento de rotação e translação continuam,
O efeito estufa piora, as calotas polares vão derretendo e a Dilma vai consolidando-se...
Pessoas queridas morrem, outras tantas nascem.
Lágrimas nos traem e gargalhadas nos pegam de surpresa.
Ah, e o sol? Esse está sempre lá, mesmo que por detrás das nuvens.
A vida é bela. Alguns dias e noites, nem tanto.
Mas ainda assim a vida é bela!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Desventura de um coração!


De tanto que um dia te quis, hoje percebo que perdeu toda a graça.
O desejo de correr ao seu encontro se esvaiu. A vontade de me teletransportar quando ouço o som da sua voz, de repente, desapareceu. Mas, ainda não estou pronta para dar adeus.
O que me persegue é um eloquente talvez. Uma dúvida cruel. Porque apesar de entender que nosso tempo acabou, renego-me a aceitar que é melhor tirá-lo do meu peito. Meu coração está totalmente despedaçado e cada fragmento possui um pouco de ti.
Então, como farei?
Estou inerte.
É como se minha vida estivesse congelada, esperando um desfecho final para nossa história. 
Mas... Um dia passa. Deixa estar.
Não quero esquecê-lo, decididamente, não quero. Almejo apenas não mais me lembrar.
No final das contas quem sai sangrando, machucada sou eu.
Custo a acreditar que os poetas não sabem amar. Mas, não tem como não amá-los.
Triste sina!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Lacunas...

E nada do mundo
preenche tantos espaços em mim
como o vazio deixado por ti.

Alguém...


É que tem gente que tem um estranho poder de fazer aparecer estrelas em nosso céu nas noites chuvosas.
As estrelas estavam lá antes desta pessoa aparecer, mas de alguma forma só enxergamos com ela.
Nos faz ver cores onde antes, aparentemente, era cinza. 
Não há o que entender é só uma mágica. Uma descortinação da visão, apenas.
Você não era infeliz, mas passa de uma hora pra outra a ser mais feliz. É estranho, eu sei.
Pessoas mágicas vão da mesma forma que surgem.
Vai ver são anjos e tem uma nova missão, fazer outro alguém mais feliz.
Deixam a solidão. Cercado de pessoas e mesmo assim há solidão.
Não é tristeza, entenda, é apenas solidão. 
Mas sempre vem um outro anjo.
E a vida segue oscilando como sempre foi e como sempre será...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Apenas saudade...


Só por essa noite. Esse é meu último pensamento antes de adormecer e desejar sonhar com você.
Por que tem que ser assim? Poderia ser tão simples. Eu você e o amor. Juntos sem vírgula ou qualquer outro
argumento gramatical, celestial ou proposital que pudesse nos separar.
Minha mais nova distração tem sido inventar meios para afastá-lo dos meus pensamentos, mas você parece ter a fórmula exata para reencontrá-los. 
Não sei mais o caminho que devo seguir, encontro-me numa rua desconhecida e todas as placas de informação me guiam para você.
Neste momento não estou tentando mensurar o amor que sinto por ti ou descrever a odisséia que tem sido amar-te sem ser correspondida. Tudo que sinto inflar dentro de mim é uma saudade sem tamanho, um vazio arrebatador que mesmo com toda essa distância estritamente física me transporta sem querer, sem pedir autorização e quando percebo está em mim. Não que tenha deixado de estar em algum momento, mas têm dias que o incômodo é maior e o sentimento que deveria ser meramente abstrato parece ganhar vida e apoderar-se de mim. 
E é assim, todas as noites você me invade, fica comigo e deixa o meu dia mais feliz.
Sem nenhuma razão de existir, mas existindo...

Constatação!

Deve ser o silêncio da noite que nos permite ouvir melhor nossos sentimentos, e, as vezes, ele grita.