terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Toneladas de ilusão!


Percebo que não possuo espaço para guardar mais nada. Todas as gavetas estão completamente abarrotadas.
Já não existe lugar para coleções de lembranças vazias ou recordações inúteis. Mas como esquecê-las, se estão todas ao alcance de minhas mãos?
Como organizar toda bagunça se para qualquer lado que eu olhe os vestígios me perseguem?
Preciso aceitar que necessito de ajuda, que sozinha não conseguirei.
Preciso de abraços apertados, beijos longos e palavras doces. Quero dormir sem o receio de acordar sozinha. Preciso voltar a acreditar que posso confiar em alguém.
Tranquei-me num quarto escuro, dentro de mim, me refugiei de toda e qualquer ilusão, ergui uma muralha de proteção com toda a dor sofrida.
O medo passou a ser meu fiel escudeiro.
Medo de perder. Medo de me perder e nunca mais conseguir encontrar o caminho de volta.
Resta-me, agora, desfazer de todo lixo armazenado, abrir espaço para o novo e começar a colocar o coração em ordem...

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Constatação!

Deve ser o silêncio da noite que nos permite ouvir melhor nossos sentimentos, e, as vezes, ele grita.