sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Minha religião...


Todas as frases por ele proferidas recaíram sobre mim como apostolados. 
Tornei-me sua fiel seguidora. Uma verdadeira discípula.
Nada mais no mundo me importava.
Ele fez com que todas as minhas certezas caíssem ao chão. 
Nada mais me importava.
Cada beijo seu, fazia crescer em mim uma certeza de vida eterna. 
Mesmo terminando no dia seguinte, ainda assim, seria eterna. 
Nada mais me importava.
Prová-lo todas as noites, sem hora nem pressa para acabar era minha hóstia. Ele me consagrava.
Era o meu arcanjo e o meu demônio. Meu céu e meu inferno. Minha religião, embora eu fosse atéia, nele eu acreditava.
Nada me importava e se um dia havia me importado, naquele momento eu não me lembrava mais.
Pouco ou quase nada me aterrorizava saber onde seria essa vida eterna, contanto que fosse ao seu lado.
Mulheres intensas, arrebatadoras têm dessas coisas. O seu lado mais extraordinário é ao 
mesmo tempo sua pior ruína. Entregam-se sem pensar no amanhã, não temem a tal doença dos olhos.
Só querem a saúde da alma. E que lugar melhor para gozar de felicidade ampla e
imortal a não ser nos braços da pessoa amada?
Ele continua sendo minha religião. 
Não praticante, é verdade. Mas a minha, exclusivamente a minha religião.

5 comentários:

  1. Mulheres intensas, arrebatadoras, são as que tornam a vida mais bela.

    Bonito e forte, Fabrízia.

    Beijo.

    ResponderExcluir
  2. Ei, flor! Vim agradecer seu comentário no meu último post. Obrigada, viu?! Você disse coisas com as quais concordo tanto... Já ouvi que vai passar, já ouvi que preciso ser forte, que a felicidade sou eu quem faz... como se eu escolhe passar meus dias triste, desanimada, sabe? Mas, isso um dia passa, aos pouquinhos, sei lá.

    Obrigada pelo carinho, é muito importante pra mim porque fora daqui, fora do mundo virtual, pouquíssimas pessoas sabem que eu não ando muito bem... Beijo, flor! Ahhh, e quanto ao convite, saiba você que amo a Bahia, então, nem chame duas vezes! rs.

    P.S.: Um dos teus melhores textos!

    ResponderExcluir
  3. Intensidade frenética, quase exagera. Nunca sabemos o seu limite! Mas agita os sentimentos e balança, tirando toda poeira já acostumada do corpo.
    Beijo!

    ResponderExcluir
  4. Fabrízia,que texto forte!
    E completamente real, em certos momentos da vida seguimos determinadas pessoas como se fossem uma religião, e essa tal religião sempre é exclusiva.
    O problema é que mesmo quando não praticantes, insistimos em segui-la.

    Beijo!

    ResponderExcluir
  5. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir

Constatação!

Deve ser o silêncio da noite que nos permite ouvir melhor nossos sentimentos, e, as vezes, ele grita.