sábado, 3 de abril de 2010

Abram as cortinas

Sou uma menina com sonhos de mulher ou seria uma mulher que ainda
guarda sonhos de menina?
Como que coisas tão repentinas podem nos mudar tanto?
Ainda ontem eu tinha tudo planejado, planos detalhadamente traçados.
Que tolice a minha achar que a vida tem como seguir um roteiro
como se fosse uma peça de teatro ou uma novela.
Não! a vida real não é bem assim, ela não obedece ao script nem muito menos
ao que o diretor ordena. Tentei ao máximo me manter no controle
da situação. Escolhi os melhores atores, decorei o texto, preparei
todo o figurino e apesar do nervosismo eu me
sentia pronta pra entrar em cena.
Mas aí surgiu você e roubou todas as atenções que eram direcionadas à mim.
Eu era a atriz principal agora estou como coadjuvante.
Fui deixando tudo em segundo plano, imaginava cada novo capítulo
em que mesmo sendo só coadjuvante eu estaria ao seu lado.
Não sei como mas você desistiu da minha encenação.
As cortinas se abriram e estou me sentindo perdida.
De alguma maneira eu me sentia encorajada com a sua presença
e toda plateia em coro grita pelo seu retorno.
Será que você volta? Talvez sim, afinal você está sempre indo e vindo.
Estou me sentindo na obrigação de encontrar um novo ator, os testes começaram
mas todos aparentam despreparo. Ou sou eu que não me conformo
em substituir você? Dizem que ninguém é insubstituível.
Acredito que seja verdade. Mas também
é verdade que ninguém é igual a ninguém. Sendo assim eu concluo que
por mais que eu o substitua ninguém vai ter as qualidades
e os defeitos que tanto admiro em você.
Não posso pausar a peça, assim como não posso pausar a minha vida, portanto vou seguir
e lá na frente quem sabe você não volta e compartilha das cenas comigo?
Cenas do próximo capítulo?rs!

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Constatação!

Deve ser o silêncio da noite que nos permite ouvir melhor nossos sentimentos, e, as vezes, ele grita.