quarta-feira, 21 de abril de 2010

Foi amor ou foi quase amor...

Ele veio numa tarde ensolarada de sábado. Chegou como quem não queria nada e me convidou pra tomar um sorvete. De cara aceitei. Parecia um convite tão inocente. Nós dois tomando sorvete numa tarde ensolarada de sábado e no mês de agosto.
Naquele instante esqueci completamente que agosto é mês de desgosto. Pois então, tomei todo o sorvete e me lambuzei com toda a sensação maravilhosa provocada pela substância. Não sei como mas depois desse dia algo mudou em mim. Talvez tenha sido o momento propício, a hora exata dos acontecimentos que fizeram toda diferença e deixou o cenário perfeito para o amor ou quase amor.
Olhares que não desvinculavam-se, bocas que mantinham-se unidas e corpos que não cogitavam a menor hipótese de se afastarem. Foi tudo tão perfeito e arrebatador. Não houve a necessidade de pedir licença para entrar. Não, ele tomou as rédeas do meu coração e exigiu morar nele e eu nada pude fazer, eu nada quis fazer. Aceitei e me deliciei com o momento.
Da mesma forma que chegou foi embora. Qualquer pessoa que estivesse olhando de fora saberia que esse dia chegaria. Mas não foi nada fácil pra mim.
Tudo ficou estático e melancólico. O amor ou quase amor deu lugar ao desamor, e esse sentimento é tão difícil de explicar. Foi cruel!
Mas dar lugar ao desamor não significou esquecê-lo. Tem dias em que a vontade é descomunal e o desejo de ligar e ouvir a voz dele me sufoca.
Nunca fui uma pessoa triste, mas no momento estou triste. As lágrimas que de mim brotam são como chuvas no sertão. Esporadicamente, mas sempre vem.
Foi ruim pra mim, foi ótimo pra mim. Depende do ponto de vista.
O importante é que foi, e apenas isso que importa.


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Constatação!

Deve ser o silêncio da noite que nos permite ouvir melhor nossos sentimentos, e, as vezes, ele grita.