terça-feira, 11 de maio de 2010

Silêncio cortante...


Não posso falar tudo que me vem à mente. Na realidade ninguém pode. Sendo assim eu escrevo. É uma forma de esvaziar um pouco esse turbilhão de coisas que penso.
Tenho um desejo imenso de numa noite qualquer quando a sanidade me abandonar, pegar o telefone e discar o número de sua casa e quando você atender começar a te falar um monte de coisas que guardo aqui. Não sei o que te dizer. Na verdade sei sim o que dizer. Mas falar pra quê? Será que você iria gostar?
Falar que te amo mais que esse sol que me aquece?
Que morreria se um dia você não mais existisse?
Que esperaria a vida toda pra tê-lo em meus braços?
Que cada dia que fico sem ouvir sua voz é como um dia não vivido?
Que adoro sua boca, seu sorriso e a cara que faz quando vê TV?
Que amo sua salada de alface?
Que seus olhos grandes e amendoados são os mais lindos do universo?
Que mesmo não gostando de macarrão, passaria o resto da minha vida comendo a macarronada que você faz?
Não posso falar! Não me atrevo a falar.
Engulo as palavras novamente e minha voz fica rouca.
Consequência das palavras engolidas e ainda não digeridas...

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Constatação!

Deve ser o silêncio da noite que nos permite ouvir melhor nossos sentimentos, e, as vezes, ele grita.